Um avião jato está a descer desgovernado. Graças à habilidade do piloto, consegue pousar no meio de uma estrada pouco movimentada. Passado o pânico, os passageiros começam a descer normalmente. Tudo parece resolvido, quando um táxi desgovernado atropela seis passageiros. Quatro morrem. Preso, o motorista vai ao interrogatório: - Então, o piloto do avião evita uma catástrofe e você mata quatro passageiros! Como é que não viu aquele enorme avião a jato no meio da estrada? - Pois é muito simples... Os meus últimos clientes foram um casal de jovens. Eles entraram no táxi e começaram o maior "amasso" que eu já vi, mas eu estava com 100% de atenção ao trânsito. - Sim, e o que é que isso tem a ver? - Bem, ele tirou a blusa dela e encostou-se aos seios dela, e eu só alí no espelhinho, 90% de atenção ao trânsito, depois ela abriu o fecho das calças e caiu de boca no rapaz, e eu alí 40% de atenção neles e 60% no trânsito. - E daí? - Bom, mais ou menos alí, perto do quartel ela levantou-se. Deus me livre não é? Olhei pelo espelho, e reparei que ela tinha apontado o instrumento do rapaz para a minha nuca, então eu fiquei com 90% de atenção neles e 10% no trânsito. Nesse momento o rapaz levantou-se um pouco, olhou para mim e gritou: - Olha o jato!!! - A única coisa que pude fazer foi baixar a cabeça...
5 de Janeiro – Passei no exame de condução! Posso agora conduzir o meu próprio automóvel, sem ter de ouvir as recomendações dos instrutores, sempre a dizerem-me “por aí é sentido Proibido!”, ” Vamos em contra-mão!”,”Olha a velhinha! Trava! Trava!” , e outras coisas do género. Nem sei como aguentei estes últimos três anos e meio…
8 de Janeiro – A Escola de Condução fez-me uma festa de despedida. Os instrutores nem sequer deram aulas. Um deles disse que ia à missa, julgo que vi outro com lágrimas nos olhos e todos disseram que iam embebedar-se, para comemorar. Achei simpática a despedida, mas penso que a minha carta não merecia tal exagero.
12 Janeiro – Comprei carro, infelizmente tive que deixar o carro no concessionário, para substituir o pára-choques traseiro, quando tentei sair, meti marcha a atrás em vez de primeira. Deve ser falta de prática. Há uma semana que não conduzo!
14 Janeiro – Já tenho o carro. Fiquei tão feliz ao sair do “Stand”, que resolvi dar um passeio. Parece que muitos outros tiverem a mesma ideia, pois fui seguida por inúmeros automóveis, todos a buzinar como num casamento. Para não parecer antipática, entrei na brincadeira e reduzi a velocidade de 10 para 5 à Hora. Os outros gostaram buzinando ainda mais.
22 Janeiro – Os meus vizinhos são impecáveis. Colocaram posters a avisar em grandes letras ” ATENÇÃO ÁS MANOBRAS “, marcaram com tinta branca um lugar bem espaçoso para eu estacionar e proibiram os filhos de sair à rua enquanto durassem as manobras. Penso que é tudo para não me perturbarem. Ainda há gente boa neste mundo…
31 de Janeiro – Os outros automobilistas estão sempre a buzinar e acenar-me. Acho isso simpático, embora um bocado perigoso. É que um deles apontou para o céu com o dedo espetado. Quando procurei ver o que me apontava, quase bati. O que valeu é que ia á minha velocidade de cruzeiro de 10 à Hora.
10 de Fevereiro – Os outros automobilistas têm hábitos estranhos. Para além de acenarem muito, estão sempre a gritar. Não os ouço, por ter os vidros fechados, mas julgo que me querem dar informações. Digo isto porque julgo ter percebido um a dizer ” Vai para Casa “. A ser verdade, é espantoso. Não sei como ele adivinhou para onde eu ia. De qualquer modo, quando eu descobrir onde fica o botão de abrir os vidros vou tirar muitas dúvidas.
19 de Fevereiro – A Cidade é muito mal iluminada. Fiz hoje a minha 1ª condução nocturna e tive de andar sempre nos máximos, para ver convenientemente. Todos os automobilistas com quem me cruzei pareciam concordar comigo, pois também ligaram os máximos e alguns chegaram mesmo a acender outros faróis que tinham. Só não percebi a razão das buzinadelas. Talvez para espantar algum cão ou gato. Sei Lá.
26 de Fevereiro – Hoje tive um acidente. Entrei numa rotunda, e como havia muitos automóveis (não quero exagerar, mas deviam ser, no mínimo, uns quatro ), não consegui sair. Fui dando voltas bem juntinho ao centro, à espera duma oportunidade, de tal forma que acabei por ficar tonta e fui chocar com o monumento ao centro da rotunda. Acho que deviam limitar a circulação nas rotundas a um carro de cada vez.
3 de Março – Estou em maré de azar. Fui buscar o carro à oficina e, logo á saída, troquei os pés, acelerando a fundo em vez de travar. Abalroei um carro que ia a passar, amassando-lhe todo o lado direito. O automobilista era, por coincidência, o engenheiro que me fez o exame de condução. Um bom homem, sem dúvida. Insisti em dizer-lhe que a culpa era minha, mas ele educadamente, não parava de repetir: ” Que Deus me perdoe! Que Deus me perdoe!”.
O jovem tinha acabado de tirar a carta de condução. No dia seguinte, o pai chega a casa e encontra o carro dentro de casa, na sala, com o filho a olhar para ele. O pai fica furioso e grita-lhe: – Mas como é que fizeste isto? – Bem, até foi fácil… Entrei pela cozinha e virei à esquerda..
Num campo de golfe, encontrava-se uma mulher a aprender a jogar golfe e, numa tentativa, dispara uma violenta tacada e percebe que a bola acerta em cheio num homem que se encontrava nas proximidades. Este curva-se para a frente, comprimindo as mãos no meio das pernas e gemendo com muita dor.
Imediatamente ela corre ao seu encontro para pedir desculpas:
- Mil desculpas meu senhor, posso ajudá-lo?
E responde o homem aflito:
- Não, não… pode deixar. Isto já passa.
Bastante prestável ela insiste:
- Mas eu insisto, sou massagista e sei como cuidar disso.
E o homem:
- Obrigado pela amabilidade, mas a sério que não é preciso!
Ela não aceita o não do homem e volta a insistir. Sem mais demoras, abriu as calças do homem, colocou as mãos dentro e começou a massajar carinhosamente.
Dez minutos depois, o homem já estava suspirando de satisfação quando ela pergunta:
- Está bom?
E responde o homem todo animado:
- Está óptimo minha senhora! A senhora é mesmo profissional, mas acho que é meu dedo da mão direita que está partido…